segunda-feira, 25 de julho de 2011

5 passos para se livrar das neuras no sexo. Confira aqui




Quem não se lembra da pergunta feita pela colunista Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) na primeira temporada do seriado Sex and the city: “Será que as mulheres podem fazer sexo como os homens?” E o que seria “transar como eles”? É bem verdade que eles têm facilidade de se concentrar apenas no prazer, não se importam com o que os outros pensam e demonstram um desapego invejável quando o assunto é envolvimento.

E a diferença é essa: por mais evoluídas que estejam as conquistas femininas, as mulheres ainda encontram barreiras que as separam da realização plena. A boa notícia é que existem formas de liberar as travas que as impedem de colocar o desejo na frente de qualquer emoção – assim como eles fazem – e isso não quer dizer que transarão feito homens, mas como mulheres muito bem-resolvidas. Para entender melhor, listamos as 5 neuras mais comuns e conversamos com leitoras e especialistas que deram dicas de como curá-las.


Esqueça a celulite
Você fica encanada com seus defeitinhos quando transa? Hora de deixar essa idéia de lado, já que as conseqüências são “insatisfação, desvalorização de si mesma e, claro, baixa auto-estima”, lista a terapeuta sexual Arlete Gavranic (SP). Isso não quer dizer que a mulher não deve se cuidar. Tudo pelo conforto e pela satisfação é bem-vindo. O problema é quando a auto-imagem se torna uma obsessão, e pior: um bloqueio sexual. “Por encanar demais, só consigo ficar à vontade se transo com a luz apagada”, confessa Márcia Dias, 32, publicitária. A maioria dos homens não liga para o que você está achando do corpo deles, certo? Por que não seguir o exemplo? É bom lembrar que, para eles, o estímulo é visual. “Ele quer ver a mulher com quem está transando. O que vale é a erotização do nu, a sensualidade da parceira”, completa a terapeuta. Eles não estão preocupados com gordurinhas, meia dúzia de celulites ou estrias. O que importa é o tesão que estão sentindo. E tem mais: essa preocupação exagerada acaba atrapalhando na hora de experimentar diferentes posições. “Se ela pensar muito que o cara vai reparar no defeito que ela acha que tem, pouco inova na cama”, explica a terapeuta sexual Franciele Minotto (SP). “Para mim, o fator principal é o desejo e ele não reconhece medidas e padrões sociais. É feito apenas de sensações prazerosas do momento”, afirma a secretária Juliana Fernandes, 25. Encarando dessa forma, a capacidade de sedução aumenta, a resposta sexual não fica prejudicada, a entrega não se compromete e o orgasmo, inclusive, pode vir mais facilmente.


Preciso mesmo atingir o orgasmo?

E por falar nisso, colocar na cabeça que precisa gozar a qualquer preço é uma das coisas que mais atrapalham essa finalização. Tudo bem que para o homem é mais fácil, mas é justamente porque eles não têm o menor pudor em se libertar. “Já a mulher precisa de uma certa prática e autoconhecimento”, explica a doutora Franciele. A consciência do corpo não acontece de uma hora para outra. O ideal é descobrir de que forma gosta de transar, o que a estimula mais e vivenciar o momento – que pode até ser mais prazeroso que o próprio clímax. “Pra desencanar, é bom dar uma fantasiada ou começar a prestar mais atenção aos detalhes da relação. Procuro beijar mais, mudar de posição, falar alguma coisa. Assim, o sexo flui da maneira que tem de ser”, diz a engenheira Alana Faria, 32. Agora, se você quer uma dica prática para chegar lá, exercite a região, pois isso ajuda a aumentar a consciência corporal daquela musculatura. “E esse exercício pode ser feito no trânsito, em casa, onde quiser. Basta contrair o músculo para dentro e para fora, como se estivesse engolindo algo e expulsando”, ensina Franciele. Isso contribui, e muito, na hora que estiver transando – é possível, inclusive, gozar colocando em prática esse movimento. O próximo passo é ir para a cama tranqüila, com a intenção de se conhecer, descobrir o outro e, lógico, se divertir. O orgasmo será uma conseqüência


O prazer antes das emoções
Outro ponto bem comentado entre as entrevistadas é o pacote em que o sexo está inserido. “O que vem antes: a sedução, como ele me ‘convence’ a ir pra cama. O durante: se ele é carinhoso e me faz sentir segura para vivenciar plenamente as minhas fantasias. E o depois: aquela velha história de se ele vai ligar no dia seguinte”, aponta a produtora de moda Ana Paula Neves, 32. É indiscutível que a mulher se guia muito mais pela afetividade do que os homens, que conseguem com maior facilidade colocar o prazer antes de tudo. Faz parte dele ser viril. Socialmente, eles foram impulsionados a cumprir esse papel. Para as mulheres, a identidade sexual se forma através da identificação com a mãe e da interferência do pai que, além de fazer de tudo para adiar o início da vida sexual da filha, não costuma dizer a ela o quanto transar é bom. A idéia que nos passam há milênios é a de que a mulher combina muito mais com o papel da mãe do que com o de “ser sexuado”. A sugestão, então, é deixar a influência “mãe” de lado e dar corda ao aflorar o desejo para experimentar e viver o sexo sem preocupações emocionais. E, para isso, não precisa adotar uma postura masculina – no sentido de ver o outro como objeto, mesmo porque o estrogênio não nos permite isso. Só não se negue as sensações pelo medo da entrega e da preocupação com o que vai acontecer a seguir. A ordem é relaxar.

Ditando as regras
Quem foi que disse que são eles que precisam conduzir a relação o tempo todo? Pra falar a verdade, muitos nem querem tanto essa dominação. “Para o homem, é muito ruim ter de fazer tudo. Muitos se sentem inseguros”, explica a doutora Franciele. Que brecha ótima para pedir aquilo que deseja. Afinal, sexo é cumplicidade. Qual homem não gosta quando a mulher sugere posições, por exemplo? “Adoro conduzir, principalmente quando quero sexo oral. Muitos não têm essa iniciativa ou não sabem fazer direito, por isso não tenho problema nenhum em explicar o jeito que gosto. Durante a penetração também. Sempre falo quando quero mais rápido ou devagar”, conta a revisora Juliana Santos, 30. A intimidade é isso: a capacidade de a entrega ser cada vez maior, a fantasia ser colocada em prática e a troca ser uma experiência deliciosa para ambas as partes.

Pense o que quiser de mim
Para acabar de vez com essa insegurança, uma palavra-chave: autoconfiança. “A mulher precisa saber quem ela é, se valorizar e deixar de viver na dependência da aprovação externa”, diz a doutora Arlete. E isso vale para eliminar o medo do que o outro vai pensar se transar no primeiro encontro ou se sua imagem ficará queimada caso assuma relações com muitos parceiros. Ficar solteira, mas querer ter vida sexual não é nenhum pecado. “Não quero um namorado agora, por isso tenho relações descompromissadas. Tenho o direito de experimentar também e pouco me importo com o que pensam de mim”, desabafa a empresária Cecília Novaes, 34. “A preocupação com os outros é um dos piores depressores sexuais. Tentar corresponder às expectativas ou desempenhar um papel pré-estabelecido pela sociedade torna as mulheres robôs, fazendo tudo apenas para o outro, esquecendo que devem agradar a elas mesmas”, explica a doutora Franciele. Portanto, aceite seus impulsos sem julgamentos, afinal, seduzir é um dos pontos fortes da mulher e conquistar faz bem para a auto-estima.

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