quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Motel: com elegância, a paixão dura mais

 

 

Fim de ano, correria total... Sem demora, está ai o oitavo artigo da série "Amante Elegante" retirado do livro de Claudia Matarazzo. Excelente leitura para ambos os sexos.

Alexandre Diniz. 

Motel: com elegância, a paixão dura mais

Na intimidade, pequenos deslizes podem se transformar em problemas assustadores. É entre os lençóis e nas palavras — antes, durante e depois – que nos revelamos. Portanto, não é pelo fato de estarem caminhando para horas de paixão alucinada que você vai deixar de ser sensível ou elegante.
Como convidar? — Em um primeiro momento, com jeitinho: "Que tal irmos a um lugar mais calmo?", ou objetivamente: "Eu quero tanto ficar só com você..."

Embora ainda se espere que a iniciativa parta do homem, nada impede que a mulher demonstre claramente seu desejo. Mas, em qualquer dos casos, discrição e bons modos são fundamentais.

Não seja vulgar: "Vamos no motel X, porque lá é bárbaro e vou sempre". ou pior: "Lá é legalzinho, e é barato". Nesse momento, a falta de sensibilidade pode acabar com todas as vontades.

Talvez a resposta ideal, se perguntado, seja dizer: "Você escolhe". E o outro ir sem perguntar mais nada.

E atenção: se, ao chegar lá, você já estiver careca de conhecer cada prato do cardápio, disfarce e não diga nada.

Fila de espera — Vocês entraram no motel, mas tem um pouquinho de fila, o que não impede beijos, abraços e uma porção de suspiros e toques.

Apenas tome cuidado para não se expor demais aos olhares dos que estão nos outros carros e dos funcionários. Não que eles estejam tão interessados. Mas a pessoa que está com você pode estranhar tanta desinibição.

Romantismo, por que não? — No tempo da minha avó, na minha juventude ou no futuro da minha filha, o romantismo foi, é e provavelmente será a chave para abrir corações femininos e normais.

Comparações — Esqueça experiências anteriores. No máximo, e com muito tato, só fale de outros amores se for em tom elogioso a quem está com você: "Ninguém nunca fez isso assim etc..." É bom ter sempre como princípio que não é saudável rotular as coisas: nada é simplesmente"melhor", "pior", "certo", "errado", "positivo" ou "negativo". Se você encarar o sexo assim, já vai começar com idéias preconcebidas, sem margem para aproveitar novas experiências.

Cobranças — Se o rapaz ou a moça não está atendendo às suas expectativas, aguarde o momento certo para ter uma conversa séria e esclarecer o que você imagina ser uma vida sexual ativa e prazerosa. Mas jamais use um tom de crítica. Procure a cumplicidade para que, juntos, vocês possam encontrar a solução.

Amante dispersivo (a) — comentar que as paredes estão precisando de pintura ou que deve chover amanhã é o cúmulo. Parece piada, mas algumas pessoas (tanto homens quanto mulheres) demoram para "entrar no clima" e acabam soltando um comentário desses. O efeito é o de uma bomba — Na primeira vez, então, a transa pode nem rolar. Se você tem problemas de concentração, segure-se e treine muito para não soltar uma frase dessas.

Perguntas indiscretas — "Onde você aprendeu a fazer isso?", "Você faz sempre assim?"... Nem sempre seu novo amor vai entender que pode haver um elogio por trás dessas perguntas. E, mais ainda: a maioria das pessoas têm uma educação sexual formal, permeada de preconceitos e tabus.

No caso dos homens, é muito comum vê-los tentando estabelecer um "grau de normalidade'' para o sexo: quantos minutos uma relação "normal" deve durar, qual o tamanho "normal" do pênis, quantos orgasmos é "normal" atingir etc. certos comentários podem fazê-los sentir-se fora do padrão e isso acaba se transformando em um grande fantasma na relação sexual.

Palavrões — Há quem goste deles e ache-os até estimulantes, mas não são todas as pessoas. Se você é do tipo que gosta de soltar o verbo, vá devagar e sinta a reação.

Atenção aos detalhes — Pode acreditar: muitas vezes, até mesmo uma forte paixão pode começar a ser minada através de uma brecha aberta por uma insignificância.

Algo que, isoladamente, não tem muita importância, mas que, somado a outros detalhes cotidianos, pode adquirir peso e poderes negativos muito maiores. Então, se ligue:

Vá ao banheiro e feche a porta.

Não jogue as toalhas molhadas no chão ou na cama.

Cuidado com migalhas e molhos ao comer na cama.

Não coma de boca aberta.

Não beba demais a ponto de apagar.

Nem pense em pedir palitos. É o fim...

Os dois comendo completamente nus — Pode ser uma imagem finda e sensual. Mas será que o corpinho está dando para tudo isso? É mais prudente se enrolar na toalha ou vestir alguma coisa mais insinuante e menos óbvia do que melancólicos pneuzinhos aparecendo sobrepostos...

E quem paga a conta? — Novamente: na primeira vez, paga quem convida. Se tiver sido a mulher e ele quiser se adiantar, encarregando-se dos detalhes, ela certamente ficará mais encantada ainda... Depois de algum tempo, vocês podem dividir ou até ela mesma pode pagar uma vez ou outra. Afinal, o prazer é dos dois, não é? Em tempo, ainda que a moça vá pagar, um cavalheiro nunca deve deixar que ela dê seu próprio cheque ou cartão. Ele paga e depois os dois se acertam.

Finalmente, na hora de se arrumar para ir embora, convém que ele a deixe tomar banho e se arrumar primeiro. Assim, estará dando mais tempo a ela para se compor (mulheres em geral demoram mais: têm acessórios, maquiagem etc).

Em etiqueta — sexual ou não — , a gentileza é a prioridade e conta pontos. Nem que seja lá na frente, quando a paixão se transforma em uma grata e doce recordação...

Amante Elegante - Um Guia de Etiqueta a Dois
Claudia Matarazzo
Editora: Melhoramentos

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