quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A arte de Pompoar


Pompoar é a habilidade de controlar a contração e o relaxamento da musculatura circunvaginal. Ao aprender a técnica, a mulher consegue controlar os três aneis circunvaginais separadamente, podendo incrementar o ato sexual apenas com o movimento de seus músculos. Embora para nós, ocidentais atrasadas, a técnica seja algo ainda muito pouco explorado, em países como a Índia, ela é passada de mãe para filha, com o objetivo de aumentar o prazer sexual da moça e de seu parceiro.
Existem cursos que ensinam a chamada “malhação íntima”. Mas existem técnicas para se fazer em casa, para quem não achou uma boa professora ou quer tentar primeiro sem gastar nada. Uma delas é a de contrair e soltar várias vezes seguidas os músculos da região ao longo do dia, enquanto se escova os dentes, dirige, assiste à aula, etc. Claro, há de se ter o cuidado de contrair apenas os músculos da vagina – se você tensionar junto a musculatura do ânus, não está fazendo direito. Para ter certeza de qual músculo exercitar, enquanto estiver fazendo xixi, tente interrompê-lo no meio. Esse músculo que interrompe o fluxo é o mesmo exercitado no pompoarismo. Você pode também, durante o banho, introduzir um dedo na vagina e tentar apertá-lo – com o tempo, o movimento torna-se natural.
Para as que desejam ir mais longe, existem dois objetos usados nos exercícios de pompoarismo: o vibrador e o ben-wa. O vibrador dispensa apresentações, se você não sabe o que é, boa wiki-busca. O ben-wa são as famosas ‘bolinhas tailandesas’ – um ou mais pares de esferas auto-vibratórias ligadas por um fio. De acordo com a pompoarista Stella Alves, elas são usadas para “treinar os movimentos de sucção, expulsão e fortalecimento dos músculos circunvaginais. Os exercícios ajudarão você a identificar os três feixes de músculos do canal vaginal.” Mas atenção: não compre qualquer ben-wa vagabundo! As bolinhas devem ter o peso certo e uma distância correta entre elas, além de serem de material atóxico!

Ben-wa: as bolinhas que ajudam você na malhação íntima
Stella também contou, durante uma entrevista, alguns dos movimentos que o pompoarismo possibilita. Pessoalmente, me parecem beeem interessantes…veja:
Revirginar: é contrair com tanta força o esfíncter vaginal, que é o músculo de entrada da vagina, o que impede ou dificulta muito a penetração do pênis/vibrador, possibilitando simular virgindade.
Ordenhar: é contrair individualmente os anéis circunvaginais de forma sequêncial, pressionando o pênis/vibrador, começando da entrada da vagina em direção ao útero, com força média.
Chupitar: é imitar com a vagina a movimentação que os bebês fazem com a boca quando estão mamando ou usando a chupeta.
Sugar: é chupar o pênis/vibrador com a vagina.
Massagear: o pênis/vibrador é massageado nas intensidades fraca, média ou forte.
Morder: é a pratica utilizada freqüentemente para retardar o orgasmo do homem. Consiste em contrair fortemente o anel circunvaginal que circunda o pescocinho logo abaixo da glande do pênis.
Guilhotina: é uma “mordida” com muita força.
Algemar ou agarrar: é contrair com tal força a musculatura vaginal, impedindo a saída do pênis/vibrador.
Expulsar: é quando a vagina expele o pênis, vibrador, banana, pepino, etc.
Além das vantagens na vida seuxal, o pompoarismo fortalece os músculos pélvicos, evitando a queda de bexiga e de útero e a incontinência unrinária. Em algumas, pode até diminuir a cólica menstrual.
A ‘malhação íntima’ é algo que as mulheres deveriam entrar mais em contato. Não só para aproveitarem o sexo melhor mas para se conhecerem melhor. Muitas ainda sentem nojo de suas vulvas e vaginas, mal sabem o que tem entre as pernas. Não sabem como se dar prazer, e esperam que seus parceir@s advinhem, tornado a vida sexual uma novela cheia de cobranças, insatisfações e dores de cabeça. O pompoarismo traz benefícios físicos, psicológicos e sexuais, e é uma coisa que pode ser praticada por qualquer mulher. Basta força de vontade e auto-conhecimento.
Se a média das mulheres tivesse uma página no Facebook para suas partes íntimas, seu status de relacionamento seria "é complicado". E deveriam postar uma foto em seu perfil. Afinal, uma nova pesquisa do Centro de Promoção da Saúde Sexual da Universidade de Indiana, nos EUA, aponta que as mulheres não se olham — somente 26% costumam explorar atentamente suas partes.

Ei, nós precisamos fazer isso! Homens conseguem muito mais facilmente. Afinal, o órgão deles está para fora, pronto para viver as experiências. Nossas "peças", em sua maioria, são internas. Portanto, não podemos ver exatamente com o que estamos lidando.

Bem, mas aqui você encontrará um pouco de incentivo para mudar isso: quanto mais você conhecer o idolatrado objeto do desejo, mais prazer irá experimentar. Em um estudo do periódico International Journal of Sexual Health, os cientistas descobriram que mulheres que tinham uma visão positiva de seu órgão genital se sentiam mais confortáveis na hora do sexo, eram mais aptas a chegar ao orgasmo e isso também acontecia com mais chances na cama.

Apenas olhando a "área de lazer" já se pode começar a ter uma relação mais íntima. "A pesquisa mostra que conhecer o próprio sexo ajuda a inspirar a excitação e a lubrificação", diz a cientista Debby Herbenick, da Universidade de Indiana e autora de Because It Feels Good (inédito no Brasil). Assim, permita-se descer até lá para ter uma vista privilegiada.
INVESTIGAÇÃO PRIVADA
Para começar, vamos esclarecer um dos maiores equívocos sobre a vagina. Ela não é o que você vê. "A vagina é um órgão interno", diz a ginecologista Rosa Maria Neme, consultora de WH. Se você ficar nua em frente a um espelho, na verdade enxergará sua vulva, a parte exterior da máquina, que estava coberta de pelos antes de sua depiladora desmatá-la com cera quente como se fosse uma área da Floresta Amazônica.

A vulva é o palco em que as grandes estrelas são o clitóris e o ponto G. Cada parte está lá para atender às suas vontades sexuais. Porém, para obter o melhor desempenho de cada uma, você tem que dedicar um pouco de amor e atenção a todas. Tranque a porta do quarto, tire os sapatos e pegue um espelho de mão.

Sem sequer abrir as pernas, você verá seu monte púbico e duas dobras de pele. "São os grandes lábios: protuberâncias da pele que não interferem na excitação", diz Rosa Neme. Essas camadas contêm um tecido adiposo que protege seu clitóris e sua vagina. Embora a sensação de prazer seja geralmente fraca nessa área, tocá-la pode ajudar a aumentar a sensação. "Esfregar o monte púbico e os grandes lábios deixa o clitóris pronto para a estimulação", diz Debby Herbenick.

Agora, se você abrir os grandes lábios, um conjunto de lábios finos — chamados pequenos lábios — irá se revelar. Eles são cheios de vasos sanguíneos, terminações nervosas e glândulas secretoras. "A olho nu, as glândulas podem parecer pequenas protuberâncias", diz Debra Hoppe, autora de Healthy Sex Drive, Healthy You (inédito no Brasil). "Elas liberam secreções que ajudam a separar os lábios vaginais e facilitar a penetração."

Mas não são as únicas áreas lubrificantes de suas partes baixas. Separando os pequenos lábios, você irá ao encontro das glândulas de Bartholin (que são microscópicas, não é possível enxergá-las a olho nu). "Estão localizadas nos dois lados da sua abertura vaginal", explica Rosa Neme. Quando você se excita, essas glândulas lubrificam a parte externa do canal vaginal. Elas normalmente liberam apenas uma pequena quantidade de umidade — é por isso que as mulheres têm necessidade de preliminares para ficar molhadas.

Seu centro de lazer mora no clitóris. Ele é uma soberba protuberância rosa, do tamanho da ponta de um lápis, e está lá só para seu prazer. E o dito-cujo é "nervoso" — concentram-se ali umas 8 mil terminações nervosas, o maior número encontrado em todo o corpo e o dobro da quantidade da glande do pênis de um homem, segundo Debra Hoppe.

Para o ginecologista e obstetra Mauro Pirotti Junior, chefe do Departamento de Ginecologia do Hospital Bandeirantes e do Hospital Paulistano, em São Paulo, o clitóris seria um pênis involuído. "Ele tem um capuz de pele muito fina, igual ao órgão masculino. E, graças às terminações nervosas existentes na área, quando atritado leva a grandes sensações de prazer."

Mas essa sensibilidade louca na região você já deve conhecer. O que provavelmente não sabe é que o clitóris tem pernas. Literalmente. "Nós vemos apenas a cabeça do clitóris", diz Debby Herbenick. Ele tem um corpo em forma de quadrilátero e duas pernas (chamadas crura) que chegam a 3 cm dentro da vagina, logo abaixo do monte de Vênus e em linha reta com o ponto G (falaremos sobre ele mais tarde). Isso dá ao clitóris um incrível e profundo alcance sexual. "É a usina elétrica do orgasmo", diz Ian Kerner, autor do livro She Comes first (inédito no Brasil). "Ele se conecta com cada estrutura dos órgãos genitais."

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