Havia um tempo em que todos acreditavam que a mulher que não gozava era frígida. Depois a culpa passou para os homens: “eles não sabem fazer a coisa direito”. Agora a questão volta às meninas, mas não no sentido de culpa ou discriminação. Não, agora a mulher está assumindo a responsabilidade pelo seu próprio prazer, mas com a alegria e consciência de quem reconhece seu poder pessoal, de quem não fica esperando que o outro lhe dê alguma coisa.
A sexualidade nasce com o ser humano, mas a arte do sexo e sensualidade deve e pode ser aprendida. Ninguém nasce sabendo, portanto, quando se fala dos prazeres da cama, além do desejo é preciso também a predisposição e investimento para o aprendizado e para o aprimoramento.
Muitas mulheres não se realizam sexualmente porque simplesmente não se permitem, não conhecem o próprio corpo – instrumento de infinitos pontos de prazer. A culpa ou medo as impedem. É preciso explorar o próprio corpo e toda sua sexualidade, só assim pode responder de forma ativa e prazerosa aos estímulos do parceiro, dando a ele referenciais. E a predisposição para o prazer deve ser moral e psíquica, não apenas física.
Tomando as rédeas: uma das conseqüências da consciência sexual feminina é parar de se lamentar, acumulando ressentimentos que não levam a nada, e muitas vezes o parceiro até acha que está agradando. Você pode até sonhar com príncipe encantado, mas príncipe e vidente já é demais. Para que ele acerte no que a agrada e dê prazer, você deve saber antes dele. Vale se antecipar nas idéias, driblar a rotina sexual de forma criativa e ser ousada, sem medo de julgamentos. Muitas vezes o medo do julgamento impede a mulher de se tornar uma amante avassaladora e inesquecível.
E o mercado é promissor na busca da inteligência sexual. Cursos que ensinam como o corpo humano é uma máquina de produzir prazer, explorando o poder do toque, o estímulo visual, danças que afloram sensualidade e técnicas que enriquecem a vida sexual. Na era da informação torna-se opcional ter uma vida sexual medíocre, pois a possibilidade de uma vida satisfatória e rica sexualmente está mais à mão do que jamais imaginamos. Está bem ali, dentro de nós, e sempre esteve. Só precisamos ter coragem para abrir a porta.
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