Comemorando o Dia do Sexo, aumentamos a temperatura e relembramos caliente história dele com os games
“Menino, larga esse joystick! O dia todo com esse troço na mão!”
Você liga sua TV e dá de cara com uma cena quente entre duas estrelas de Hollywood. Vaga por alguns canais obscuros na madrugada e é atingido na cara por uma brilhante película erótica. Abre uma revista de fofocas e lê sobre cenas de sexo de uma socialite que vazaram na rede. O sexo está em todos os lugares, em todos os rincões mais depravados da cultura pop. E nos games, não poderia ser diferente.Longe de ser uma relação moderna, esse caso dos jogos com o sexo é conturbado, cheio de percalços e até meio tabu. Mesmo assim, com a evolução dos videogames e das possibilidades de contar histórias, as cenas picantes se tornam cada vez menos incidentes isolados e gratuitamente polêmicos. Atualmente, é possível integrar o sexo à narrativa, de forma que ele passe longe de ser um detalhe gratuito para atender aos fãs mais depravados.
Selecionamos alguns games que aumentam a temperatura e arrancam as roupas, marcando um capítulo nessa conturbada relação entre jogos de videogame e sexo.
Um dos primeiros games sexuais é também um dos mais controversos. “Custer’s Revenge”, lançado em 1982 no Atari 2600 pela Mystique, empresa que se aventurou em outros games eróticos, como “Beat’em & Eat’em”, mostra o general George Armstrong Custer, um famoso militar norte-americano, nu, se desviando de flechas para chegar a uma nativa americana, também nua, amarrada em um cactus. Se não bastasse a jogabilidade sofrível, o fato do game mostrar claramente um estupro torna toda a experiência ainda mais deplorável.
“The Sims” mudou o mundo quando chegou ao mercado. A mistura de tamagochi com “Sim City” fisgou pela primeira vez um massivo contingente de mulheres para frente do PC. O objetivo do game é bem simples: viver. Isso envolve dormir, comer, tomar banho, trabalhar, socializar e, sim, eventualmente, se engajar em relações sexuais com outros personagens. The Sims não é o primeiro game a mostrar sexo, nem o que mostra de forma mais explícita ou chocante, mas é um dos primeiros a tornar a sexualidade uma coisa comum, parte intrínseca da narrativa.
“San Andreas” é provavelmente o game da franquia GTA mais abarrotado de conteúdo e com maior profundidade de customização dos personagens. No game, foram introduzidas opções de modificar o protagonista, os carros, aprender artes marciais, comprar roupas e até mesmo seduzir namoradas. CJ, o personagem controlado pelo jogador, parecia ter tudo.
Mesmo com as milhares de novidades presentes no game, o que chamou mais os holofotes da imprensa, especialmente a não-especializada, foi um conteúdo deletado, mas ainda presente no código do disco. Liberado por meio de um mod não-oficial, o “Hot Coffee” permitia que os jogadores transassem, de forma interativa, com as namoradas de CJ, tudo mostrado de uma forma extremamente explícita, para a época. A Rockstar pediu desculpas e depois lançou versões do game sem o “Hot Coffee”, mas começou aqui a grande polêmica de sexo nos games fora da mídia especializada.
Cabeças arrancadas, troncos dilacerados, membros mutilados, olhos perfurados. “God of War” claramente mostrava uma orgia sanguinária de Kratos contra toda e qualquer criatura mitológica que pintasse em sua frente. Mas o Fantasma de Esparta, quando encontra algumas damas voluptuosas, acaba mostrando que é apenas um homem e encara uma orgia tradicional, em um minigame sexual que, a cada capítulo da franquia, ficava mais detalhado e explícito. Olhando para os massacres de Kratos, vai dizer que o careca não precisa de uma relaxada?
O primeiro “Mass Effect” dá ao jogador a possibilidade de se envolver romanticamente com um dos personagens humanos (Kaidan Alenko e Ashley Williams) ou a alienígena azulada Liara T’soni. A cena de sexo é tratada com bom gosto, com cortes rápidos, mostrando flashes de corpos nus, mas sem mostrar nada de potencialmente ofensivo aos elementos mais basilares da família ocidental.
A imprensa conservadora norte-americana, no entanto, discorda. “Mass Effect” foi bombardeado em emissoras como a Fox News, que condenavam o conteúdo sexual do game. A discussão tomou proporções absurdas, com o tópico sendo discutido sob a legenda “SE’XBOX” e a apresentadora do programa “The Live Desk”, Martha MacCallum, dizendo que o jogador podia acessar sexo explícito em “Mass Effect”. Eventualmente, a poeira baixou e os ataques cessaram contra a ficção científica da BioWare.
Catherine | Atlus | 2011 | Xbox 360, PlayStation 3
“Catherine” marca um mergulho mais aprofundado no aspecto psicológico da sexualidade, ainda que abuse de takes exibindo as curvas pixeladas da personagem título. Na trama, um rapaz imaturo chamado Vincent tem um namoro estável com Katherine, mas a ideia de progredir para um casamento o assusta.
Em um bar, Vincent conhece Catherine, tem uma noite de sexo sem compromisso e acaba ficando fisgado na garota. Grande parte do game se passa na mente de Vincent, aonde ele encara puzzles e monstros inspirados por medos reais, como a gravidez, o adultério e o matrimônio.
A liberdade sexual está em todos os lugares. Em filmes que mostram relacionamentos gays sem apelar para estereótipos baratos, em seriados que mostram o tema com respeito e até em novelas globais que tentam avançar, com passos microscópicos, nessa área. Nos games, ela já está no ar.
“Skyrim”, ao contrário de seu predecessor, “Oblivion” vai permitir relacionamentos com os NPCs que habitam o mundo. Eles podem se tornar amigos ou até mesmo amantes, incluindo relações do mesmo sexo. Sim, games como “Mass Effect” e “Fable” já permitiam isso, mas, nestes games, você pode enfrentar dragões gigantescos armados somente com uma espada e um senso deturpado de coragem? Não, não pode.
Plataformas: _Xbox 360_ | _PS3_ | _PC_ | _PS2_
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