sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O poder curativo do sexo

 

Fazer amor cura muita coisa
O senso comum está cheio de razão: fazer amor cura muita coisa. O sexo pode curar? Sim. Quaisquer que sejam os sintomas - dores de cabeça, nas costas ou depressão -, uma boa vida sexual pode contribuir para o seu alívio. Estudos preliminares sugerem que o sexo pode fortalecer o sistema imunitário, atenuar a dor e aliviar alguns tipos de enxaqueca, além dos benefícios psicológicos.
A chave está na relação entre as emoções e a saúde física. Emoções negativas - ira, ansiedade, culpa, tristeza - provocam uma reacção de tensão com libertação de adrenalina. Quando a ocorrência é crónica tem um efeito negativo em toda a nossa fisiologia, afectando, em última aná­lise, o funcionamento do sistema imunitário.
Qual o antídoto? Emoções positi­vas, como o prazer e a excitação, que o sexo pode gerar. O sexo li­berta a tensão e desliga o sistema da adrenalina. Pensa­-se que o sistema nervoso liberta en­tão endorfinas - analgésicos natu­rais. Estas criam as condições de cura e relaxamento de todo o sistema, dando-lhe a pos­sibilidade de regeneração. A capacidade curativa do sexo é uma realidade. Existem estudos que têm documentado a relação entre sexo e boa saúde em termos específicos e, por vezes, inesperados:
Coração.
A falta de satisfação se­xual deveria ser tida em considera­ção para estudos mais aprofundados como um possível factor de risco de doenças cardíacas. Num estudo de 100 mulheres que recebe­ram tratamento por ataque cardía­co, 65 referiram sentir insatisfação sexual antes da hospitalização. Ou­tro estudo de 131 homens concluiu que dois terços tinham tido proble­mas sexuais significativos antes dos ataques cardíacos. O sexo vigoroso é como uma mini-sessão de ginástica. Uma mulher de 55 kg, por exem­plo, pode queimar até 8 calorias por minuto a fazer amor; um homem de 80 kg, até 12 calorias.
Sistema imunitário.
Num estudo efectuado com mulheres com cancro da mama descobriu-se que as mulheres satisfei­tas com a sua vida íntima possuíam melhores níveis de células T - as células brancas do sangue com um papel fundamental no funcionamen­to do sistema imunitário - e viviam mais. As investigações têm demonstra­do que o stress debilita o sistema imunitário, tornando o corpo mais sensível a diversas perturbações, des­de as constipações à hipertensão e às úlceras. As relações sexuais comba­tem o stress, conduzindo à total descontracção do corpo. Apesar de este efeito durar apenas umas horas, a prática regular do sexo vai progres­sivamente aliviando o stress.
Síndroma pré-menstrual.
As rela­ções sexuais aliviam os sintomas de síndroma pré-menstrual em algu­mas mulheres. A afluência de san­gue à pélvis aumenta cinco a sete dias antes do período, e isto pode provocar o inchaço do ventre e cóli­cas. As contracções musculares du­rante o orgasmo forçam o sangue a correr rapidamente da zona pélvica para a circulação geral, aliviando a pressão.
Dores.
O orgasmo é um anal­gésico natural. Num estudo efectuado em mulheres que sofriam de doenças como a artrite crónica e o torcicolo, descobriu-se que o clí­max aumentava significativamente a tolerância à dor. Durante a estimulação sexual o sistema nervoso central liberta determinados químicos. Estes quími­cos provocam o bloquea­mento da dor. Os investigadores debatem os me­canismos dos «primeiros socorros» sexuais. Uma teoria é que as endor­finas activadas pelo orgasmo viajam por todo o corpo, produzindo um efeito semelhante ao da morfina. Fazer amor é também um sedati­vo excepcional. Descontrai o corpo instantaneamente e ajuda e eliminar a insónia. O sexo é o grande rela­xante. Quanto melhor e mais vigoroso, mais fácil é adormecer.
Saúde mental.
Qual a importân­cia de uma vida sexual satisfatória para uma boa saúde mental? Extre­mamente importante. As pessoas realizadas sexualmente demonstram ser menos ansiosas, violentas e hostis, e ainda menos pro­pensas a responsabilizar os outros pelos seus infortúnios. A satisfação sexual pode também torná-lo mais auto confiante. Com o tempo, os cônjuges aprendem a expressar as suas neces­sidades, o que os ajuda a desinibirem­ -se, tornando-os mais espontâneos e aptos a responder às necessidades um do outro.
Como é natural, estes sentimen­tos estendem-se ao seu companheiro e à relação. Uma vida sexual cheia de carinho ajuda-nos a revelar as nos­sas melhores qualidades e, quando isso acontece, os males do corpo e da mente saram mais depressa.

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