domingo, 11 de setembro de 2011

Quem nunca ouviu falar num vibrador?

Quem nunca ouviu falar num vibrador?


Quem pensa que o vibrador foi inventado por motivos sexuais para satisfação da mulher, desengane-se!
O vibrador foi inventado com o propósito de facilitar uma prática médica que já existia por décadas...
Na medicina ocidental sempre existiu, desde o tempo do Hipocrates, a crença numa doença chamada "histeria", que significa doença do ventre, que era causado pela negligência que o útero sentia.
Platão dizia que o útero era um animal dentro de um animal e que, de vez em quando, ficava fora de controlo e que, supostamente, tinha que ser apaziguado.
A forma como se apaziguava este "animal" era massajando a vulva, que era tida como parte do útero, e que através deste processo se provocava uma crise - da suposta doença.
Essa crise era uma espécie de febre a que era dado o nome de paroxismo histérico, e que apresentava contracções e lubrificação e que, após essa crise, a mulher se iria sentir melhor, por algum tempo.
"Infelizmente" a histeria era incurável e crónica e por isso a mulher teria de voltar ao médico outra vez, e mais uma vez, e outra...
Para tratar desta uma doença feminina a que os médicos chamavam de "congestão da genitalia", ou "histeria", os médicos perdiam muito tempo, porque era um processo demorado e trabalhoso e porque o "tratamento" era feito através de uma estimulação manual.
Por isso mesmo, quando o vibrador foi inventado, os médicos aderiram a este instrumento para facilitar e acelerar o processo.

O primeiro vibrador era a vapor(!?) e foi inventado, em 1869, por George Taylor que lhe chamou "O Manipulador", em resposta ao este desejo dos médicos de acelerar o processo através de um meio mecânico para o fazer.


No inicio do século XX (1902), a empresa americana Hamilton Beach patenteou o primeiro vibrador eléctrico, inventado por Kelsey Stinner, e que era vendido a retalho - fazendo com que o vibrador se tornasse o quinto e"electrodoméstico" a existir (mesmo antes do ferro eléctrico).A versão caseira tornou-se extremamente popular e era frequentemente publicitada em revistas de ponto cruz, bordados, tricot, costura, etc...

Só quando os vibradores começaram a aparecer em filmes pornográficos é que a sua imagem começou a ficar denegrida e associada a sexo e imoralidade. Com o passar dos anos e o maior entendimento da sexualidade feminina tornou-se claro que a dita "histeria" não era mais do que um orgasmo.

Desde os anos 80, os vibradores e brinquedos sexuais ganharam mais visibilidade, no público em geral, com a abertura de novas sexshops e lojas eróticas e com series e filmes que abordam o tema, tais como, por exemplo, a serie Sex and the City ('O Sexo e a Cidade'), da HBO. Hoje em dia, podemos encontrar vibradores de todos os tipos, feitios, cores, formas, tamanhos, e com diferentes funções.


Histeria feminina

Em 1859, um médico chegou a dizer que um quarto de todas as mulheres sofria com histeria feminina. Outro médico catalogou 75 páginas de sintomas que caracterizavam a histeria feminina. De acordo com o documento, quase todos os males que o corpo humano sofre, independente do motivo, poderiam ser caracterizados como sintomas da doença. Acreditava-se que a “vida moderna” do século XIX fazia com que as moças fossem mais suscetíveis a desenvolver histeria.

Mas isso não é o problema, adivinhem o tratamento? Um pouco invasivo na minha opinião. Como a histeria era associada com insatisfação sexual, o médico fazia “massagens pélvicas” na moça até que elas passassem por “paroxismo histérico” – em outras palavras, o médico masturbava a paciente até que ela tivesse um orgasmo. E, estranhamente, eles diziam que apesar das pacientes não terem risco de morte, elas precisavam de tratamento constante. Ah, eles era pagos para isso.Ainda segundo o site, em 1873, o primeiro vibrador foi inventado para propósitos médicos – eles eram apenas disponíveis para os médicos que os usavam e não para as moças insatisfeitas diretamente. Posteriormente, o aparelho se popularizou e as moças puderam comprar seus companheiros sem a “interferência médica”.

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